Era sempre o vento a bater na janela.
A folhagem virgem a instigar meus instintos
Meus olhos latejando, bocejos.
Havia uma aventura a viver.
Via morcegos açoitando ela,
Cansada, passava lenta e passivamente,
Como se ninguém quisesse que se fosse.
Eu não,
Implorava que chegasse o dia,
Aquela noite fria quase me encarava,
Por aquela pequena janela fechada.
No fundo, um inseto cantava.
Meu Deus! A noite não passava!
Chopin me ninava os sentidos
Embora só,
Sentia um dó com ré sustenido
Mas o sono desejado
Não vinha nunca para o meu alívio!
Virava de um lado
O outro, amassado, me irritava,
Contava carneiros, dinheiro, cantava
E eu pensava apenas nela.
Dormir não deve ser permitido
Aos que amam!
Lucas Matos
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