quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Até que a Morte





"Sobretudo Deus pode restaurar"

(...)

Depois que dizemos sim,
Parece que o amor acaba.
Já não há elogios sinceros,
A carteira é mais amada.
A cama fica pequena,
O ciúme este, dorme na beira,
Espreitando nossos vis pensamentos.

As rosas e as poesias murcham,
Desaparecem.
É como se as juras fossem de éter
E os bombons de açúcar.

Até que a Morte venha.

Depois das núpcias, os nubentes,
Perdem a inocência, se despem das máscaras,
Caem em deleites... Acordam exaustos e humanos!

Até que o Amor se vista.

Passam anos, às vezes dias,
E a sede acabou.
A mulher finge estar saciada,
O homem parece querer outros poços...

Até que venha o Divórcio.

Lucas Matos