quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Decrépito

 Essa é a primeira poesia do ano e, por mais que tentasse escrever algo belo, foi o que consegui. Muitas vezes escondemos o que somos atrás de uma máscara... queremos gritar desesperados, mudar a vida que estamos levando, projetamos coisas boas, mas nossas intenções muitas vezes são frustradas.  Ao refletir o que somos, podemos sonhar com o que seremos se, a partir de então, desejarmos mudar. E essa é a mensagem para 2011, que possamos mudar o nosso eu para melhor, abandonar nossos conceitos e recomeçar uma nova vida, para que não sejamos pessoas decrépitas.

(...)
Olhe pra mim!
Já não vês minha robustez natural,
Estou como a ferrugem no trem,
Ou como a poeira no asfalto,
Definho como uma velha águia,
Já sem bicos, já sem garras...

Caí no meio do mar, do alto,
De dentro dos meus sonhos.
Alguém me roubou a esperança,
O amor, a confiança e a vida.
Em troca, deram-me alguns trocados.

Estou em meio a ruínas,
Como o sobrevivente de um despojo,
Capturado, prestes à morte.
Um capitão vencido.

Olhe pra mim!
O seu maior algoz e heroi,
Mas já sem forças,
Frágil, como um homem apaixonado.

Lucas Matos

Um comentário:

  1. Não gostei do final, da comparação... buscou uma esperança não merecida no fim do poema. rs rs


    Abraço meu caro;
    Fabrício

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